quinta-feira, 1 de março de 2018

CENSURADA MAS NÃO CALADA


Por Clarisse da Costa (Biguaçu, SC)

            Por décadas calaram a real história sobre os negros e a escravidão dos africanos. Hoje querem calar os poetas. Cala-se um poeta, calam-se todos! Uma restrição da liberdade e do conhecimento. Exercido normalmente por um regime ditatorial. Uma análise crítica muitas vezes cruel, que pode consistir em uma determinada obra literária ou artística. Na maioria das vezes antes de ser apresentada ao público em geral. E há censura em diversos campos, de diversas formas e em toda parte. Censurada violaram a minha licença poética. Ah, o amor tão sublime não pode ser falado! O desejo sentido não pode ser revelado. Querem calar a minha voz, silencia cada palavra textual das minhas emoções, do cotidiano perdido e em versos. Querem… Mas não vão me calar. Em linha negras de páginas brancas todos os sentimentos e ao mundo revelados.
            As minhas asas não serão cortadas, as digitais das minhas palavras sempre estarão conecta as com os meus leitores. Bloquearam-me sem motivo certo enquanto se vê inúmeras violências morais no Facebook e tantos outros meios da internet. Por que não bloqueiam pessoas que ofendem outras por causa da cor da sua pele ou pela sua opção sexual? Fui bloqueada por um simples poema que fala de amor e desejos. Mas afinal, quem nunca amou? Quem nunca sentiu desejos? Você é humano ou uma máquina?


Nenhum comentário:

Postar um comentário