sexta-feira, 1 de julho de 2016

PERDIDO ÉDEN

Por Samuel da Costa (ALB, Anápolis, GO)

(Para Liege Vicentthe)

 Embrenho-me em ti
Deusa mística pagã
Portadora de abissais e infinitos mistérios
Imortais e profanos segredos
***
És nebulosa safira 
Incrustada no adro
Do céltico palácio mítico
Que arde em chamas ad æternum
***
És um devastador cataclísmico
Enfurecido
A se formar no horizonte perdido
Em almas alquebradas
Que urram em desespero
Em tempos imemoriais
***
És o negro pelágio de divinais loucuras
 Toda nua em Hallstatt
Despida em La Tène
Pronta para me amar
 Sedenta por me devorar
A ciciar diante da lua em sangue
 No mais puro e negro luar

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