quinta-feira, 1 de outubro de 2015

QUASE EXISTÊNCIA (A MINHA ARTE FINAL)

(Para Fá Butler)

Por Samuel da Costa (Anápolis, GO)

A realidade liquefeita...
Trouxe para junto de mim
Quem não me queria ter por perto...
 ***
A realidade relativa e pós-moderna
Afastou completamente de mim...
 Quem eu mais queria ver a meu lado.
***
Agora tenho nevoentas
E vagas lembranças...
Daquilo que nunca vi
Daquilo que nunca vivi.
***
 Ficou então somente
As marcas de um tempo surreal...
Que o relógio nano-tecnológico
Deixou de marcar a tempos atrás! 
Restando como testemunhas oculares
 As cinzas das horas em Eras remotas
***
Uma Era perdida no descontínuo tempo
E no espaço abstrato
***
 Quem sabe...
O mundo sintético na pós-contemporâneo...
Não comporte mais...
A minha quasimodesca...
E frágil existência vazia e despropositada.
***
 Restando-me então somente...
Ver as areias do destino...
Desintegrou aquilo que um dia
Eu pensei ser
 Uma relação perfeita.
Quando eu mentia para mim mesmo




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